Reparo que nem as religiões até hoje perceberam o que significa a palavra Cristo.
Cristo não é um nome próprio.
Cristo significa «realização comum».
Porque não há mais nenhuma realização do que essa. A comum.
O medo é um produto comum. O amor o mesmo. Amor e medo é realização comum.
Lars Von Tiers, apoiado na sua idiossincratica religião tambem parece não ter percebido o que significa Cristo.
Não admira, todas as religiões que se apoiaram na biblia e nos ditos livros sagrados, carentes de atenção, nunca souberam isso.
Se perguntarem a um padre o que significa a palavra Cristo, vão contar-vos uma história, a sua, não a vossa.
Por isso o anti-cristo não existe porque tudo é produto de uma sociedade. Hitler, Mao Tse Tung, Estaline, kim il Sung, foram vistos como o anti-cristo, mas não são mais do que a sociedade lhes permite ser.
Bielderberg, a famosa sociedade elitista conspiradora é considerada como o anti-cristo, mas não são mais do que a permissividade humana.
O que a humanidade cria é o têm á frentre dos seus olhos.
Mas isso não é a realidade é apenas a ilusão.
A humanidade, a sociedade, com oseus valores intenções e percepções criam realidades, o medo (ou desconhecimento da criação) chama-lhes anti cristo, o amor chama-lhes realização ou Cristo.
Por isso se diz que Cristo é aceitação. De tudo. Do "bem" e do "mal".
Por isso Cristo aceitou a cruxificação sem condenar os que o condenaram.
Lars Von Tiers tentou fazer um filme chocante, sem enredo e baseado no psiquismo, esqueceu-se de mostrar ao publico os extras que estão envolventes numa história tão pouco chocante.
Claro que o filme no meio de uma cinematografia moralista e controladora passa por chocante e tentador, mas não passa de uma reacção a essa mesma filmografia que joga por baixo para que não se possa ver o alto.
Tiers caiu no jogo da sedução, reagiu. Não criou. Julga que criou mas por julgar fez um filme com o nome "anti-cristo".
É apenas um filme de terror para adolescentes com mais de 40 anos.
Quase toda a gente passou por historias mostradas em "o anti-cristo" mas aos 20 anos, aquilo a que se chama "passagem pelos infernos". Para mostrar que os infernos não existem.
Mas só consegue ir ao inferno quem vai com Cristo. Não quem pensa que está sozinho.
Como desprezo a religião, a filosofia, a canina ciência e a maior parte da arte, não tenho nenhum pejo em dizer que este filme é lamentável, e mais lamentaveis são os seus aduladores e religocriticos.
À parte esta apreciação o filme contem demonstrações estéticas louváveis mas nada originais, resultado de apreciações fotográficas e da filmografia de Tarkowsky. Que graças a deus transmitiu mais esperança do que qualquer presuntivo adulador da raça branca.
Lars Von Tiers tem uma virtude. evoca genios do cinema. Mas não mexe num cabelo do penteado divino.
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