Ha uns meses uma amiga minha morreu.
Uma amiga muito discreta, daquelas que não se esbanja porque não se pode esbanjar, porque não pertence ao mundo.
Era irmã de um dos meus melhores amigos. "Irmã não se toca, senão pela alma". Esta não é uma verdade da Cosa Nostra é uma realidade evidente.
E quando ela morreu olhei para a minha alma dela. E fiquei ali. Olhando para a noticia da minha morte dela.
Sim "tinha morrido" diziam eles. Mas a minha alma dela que era parte de mim não percebia isso. E não entendia isso. Por isso fiquei ali umas horas a tentar perceber que coisa era aquela a que eles chamavam "morte". Que ritual era aquele para o qual me convidaram e ao qual chamaram "funeral". Não entendi nem fui ao ritual.
No meio de uma musica e de uma invocada tristeza ouvi esta mensagem clara acerca de quem eu e ela somos: "dai graças".
E percebi que a minha invocada e cultural mente imposta tristeza funebre não é mais do que um processo cultural onde me poderia apoiar, e não me quero apoiar mais.
Hoje sou livre não invoco mais nenhuma tristeza em nenhuma partida.
Que a parte da minha alma chamada PAULA BAPTISTA esteja no céu que me acolherá um dia de novo.
E que todos os familiares da Paula Baptrista prosperem para sempre na bondade da matéria e da luz porque foi para isso que eles vieram ao mundo.
Obrigado Paula Baptista pela amizade breve que me concedeste.
Gusto.
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