Desde "Der Himmel uber Berlin" que Wim Wenders não tinha uma ideia tão clara acerca da vida. Talvez seja o melhor filme de Wenders e o melhor que eu já vi tão denso e simples que é.
Eu que detesto cinema e mal suporto os Felinis e os Bergmans, mas adoro o Tarkowsky aceito Allen e desprezo Tarantino, só aceito aquilo a que se chama "carreira" na obra de Wenders.
Sinuoso e claro, mestre de ideias, Wenders provou que não é necessário ao cinema, daí ser o seu principal mestre. Wenders preferiu ser fotografo. Mas por qualquer razão finaceira é impelido para imagens em movimento, qualquer fotografo sabe isso.
Palermo Shooting é, - não a melhor realização, porque não acredito no termo "melhor" - mas a "mouche des anges" em Wenders, o resultado de ter feito amizade com anjos.
Na vida de um mestre há um tempo certo, a que os anjos chamam a certeza da vida. Palermo Shooting revela a essência dessa claridade.
Sem grandes artificios mas com a clareza das profundidades Wenders revela a essencia da imagem, da fotografia, da sapiencia, da sabedoria e da morte num filme unico que se revê sem conta.
è um filme inenarravel e intencionalmente contra a inspiração, é pela expiração.
Um filme para deitar fora, como sempre tudo é.
Porque as melhores coisas são para deitar fora não para reter.
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