terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

À Junta de Freguesia de Folgosa.

À Junta de Freguesia de Folgosa.


Sr. Presidente,

Como está?

Já se percebeu que o sr. não tem nenhuma ideia para folgosa porque não deixa que ninguem a tenha. Não o culpo, o seu pensamento faz parte de um atavismo triste que tenta ser vigente e vingar em Portugal.

A seguir vão-se apresentar algumas propostas ou sugestões para melhorar o quotidiano dos residentes na localidade.


O Quotidiano:

Infelizmente a junta de freguesia não tem nenhuma relação com o quotidiano em Folgosa. Por isso se esconde no "trabalho" que não executa. Não sou daqueles que se julga atingido pela ideologia do trabalho. As pessoas que realmente trabalham nunca dizem que trabalham. O trabalho é ideologia.

Eis algumas direcções que ME preocupam no quotidiano de Folgosa:

Ruído:

- acabar de vez com os sinos da igreja, os das horas, meias-horas e quartos-de-hora desnecessários, atávicos e mediunicos, não fazem sentido para ninguem, se não for para vingar um cristo que pirou da cruz e não precisa de ser vingado. Só na Tunisia (muçulmana) se encontra os mesmos ruidos religiosos como em Folgosa.

- acabar com a propaganda dos ruidos das maquinas agricolas. Não fazem bem a ninguem. Nos países agricolamente desenvolvidos não se fazem ruídos como se faz em folgosa - Pelos mesmos ruídos já chamei a policia municipal duas vezes. E com efeitos.

- acabar definitivamente com o ruído da desnecessaria construcção civil - resultado da propaganda de uma sociedade triste que não investiu nas competencias sociais dos seus habitantes - a contrucção civil a par com os agricultores são os principais propagadores da ideologia do desespero.

Poluição:

- alertar a população para a evidencia de que a Siderugia está ilegal perante o estado e só causa males á população. Se a siderugia não paga impostos, mais nenhum cidadão deve pagar.
- acabar de vez com a poluição da siderugia principalmente aquela que se faz a partir das 2 da manhã, quando toda a gente está a dormir.

Dinheiro:

- atrair dinheiro á população, o dinheiro emancipa as gentes. Usar o dinheiro como valor não como "mal". Contra a ideologia dominante.

Educação:

- Construir uma rede local de partilha de conhecimentos, a que se chama formação profissional
- criar uma bolsa de formadores, licenciados e profissionais habilitados a transmitirem conhecimentos.

- Acabar com a cultura local do folclore - que não representa ninguem - e apoiar cultura que devolva as pessoas a si próprias.

Desporto

- acabar definitivamente com o futebol e diversificar o interesse da juventude por outras actividades desportivas, não competitivas e socialmente agregadoras.

Rua

- Criação de uma gestão de trânsito eficaz e uma rede de passeios da(s) escola(s) ás habitações.
- acabar com a ameaça dos automoveis á população.

Social

- criar pontes dos bairros sociais com o resto da população local em vez de os diminuir em ghetos como se fossem mais criminosos do que os politicos que os segregaram.

Geral

- separação do poder politico do poder economico e clerical. Não é por acaso que a junta de freguesia se junta fisicamente á casa paroquial com a maquina de multibanco ingressa na sede do poder politico. A concentração de poderes dá mais tarde ou mais cedo, normalmente em lodo.

- descentralizar poderes seria benefico para toda a gente e um exemplo social.

É óbvio que nenhuma destas ideias está contemplada no seu programa, pelo menos o programa que me chegou ás mãos - nenhum.
Numa sociedade em que vestir um fato mafioso dá votos não me espanta que o sr. não tenha nenhuma ideia inovadora ou verdadeira ou pelo menos desobediente.
Não gosto da sua obediencia. Cheira-me a obediência á educação canina.
Para mais da gente com quem se redeou para ser eleito. Gente que se escuda na mitologia da superioridade.
A meu ver a gestão actual da junta de freguesia está entregue ao piorio da sociedade: o tipo de gente que pensa que é socialmente importante mas que - pelo menos eu - a quem não se liga nenhum.

Espero que as minha sugestões ou propostas e criticas lhe façam ver uma nova maneira de olhar pela janela. E reparar que para além do vidro está gente viva.

Com amizade.

Augusto Manuel Deveza Ramos

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