Sempre desprezei o conceito de ferias porque isso implica aceitar o conceito de trabalho ou de profissão.
Idiotas contentes desta ´epoca" passeiam-se com skis motas de água e até telemoveis.
Nunca fui para o algarve, para o ski nem para o campismo por minha vontade. Mas mais por tribais diferenciamentos.
As minhas melhores ferias foram sempre em cidades, onde vivo. Na casa de deus.
Hoje vive-se numa época de escravos. Numa época de viagens. Vive-se na ilusão da liberdade.
Eu não vivo.
Mas há uma sociedade controleira que pensa que a vida é assim: viver por fora, viajar de país em pais através de liberdades amigas.
Ninguem vive em liberdade. A liberdade é o ser intrinseco.
Os seres que viajam e que pensam serem livres ao viajar são os seres que te diminuem a liberdade, porque não são intrinsecmente livres. São escravos obedientes a um seculo que não os soube fazer viver. E primeiro criam a obediencia de que querem escapar e a isso chamam liberdade.
Desconfia sempre de quem viaja muito, não te querem aumentar, apenas dimunuir.
Verifico que as minhas vizinhas, horriveis de cara, corpo e alma, não conseguem fazer mais do que viajar. Porque não conseguem despenhar-se na terra em que vivem, e fazem despenhar quem não as grama nem um segundo.
Na verdade não conseguem, era apenas uma frase.
Mas reparo que a sua atávica tristeza as está atentar criar ramos de justificação numa terra que é mais vasta que o seu pretenso dominio.
Viajar não é por fora, nem na "rayan air"; viajar é por dentro, arte musica criação sonho. Realização.
Isso seria fugir.
Ir para as grutas de Sto Antonio - horriveis - para a neve ou para Inglaterra é como ir pra debaixo do tapete ou do congelador.
Não há maior lugar de falhanço que o ser interior, se é que o que querem é falhar.
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