Há milénios que os homens fazem barulho para encobrir o silêncio que há em si.
Há milénios que batucam, cantam, dançam para evocarem forças superiores a si próprios, para terem apoio. Para fugirem de si.
Do seu próprio silêncio.
O silêncio interior é tão profundo quanto o silêncio do deserto.
Mais profundo, mais denso, mais sepulcral.
Dizem que o silêncio interior é o mais difícil de suportar. O homem tenta, às vezes, mas na maior parte, desiste.
Não aguenta, e vai. Foge.
Segue em frente para novas aventuras, sempre para fora de si próprio.
O silêncio serve para se ouvir. O barulho serve para nos calarmos.
Só quem ouve é que sabe,
Só quem sabe é que intui,
Só quem intui é que sente,
Só quem sente é quem vive.
De,
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