De repente num acesso (previsivel) de baixaria o estado resolveu publicar um cartaz ameaçador á população portuguesa em que se exclama que se os portugueses não se "portarem bem" na sua privacidade serão condenados a uma pulseira electronica.
O cartaz não quer realmente apelar á condenação da violência domestica mas estabelecer um ponto: de que a violência estatal é superior á violência privada. Ou seja, sejam violentos ou não (quer lá o estado saber!) o estado está aqui para reprimir (com a sua enorme condenção) qualquer tentativa ousada e emancipatória por parte dos individuos da sociedade portuguesa.
Não é que o estado é ridiculo?
Mas centremo-nos na treta da violencia domestica:
Que fez o estado para aplacar tal mal (que o estado subtimente instiga, diga-se de passagem a criar expectativas aos portugueses e retirá-las na proxima oportunidade) ?
Mas para se isentar das suas responsabilidades, o infeliz estado, ousou criar um cartaz ameaçador com um rosto do tipo standardizado tipificando o violento domestico, eis a tipificação do criminoso, segundo o sinistro estado:
- é homem (porque não é mulher?)
- é moreno (porque não é mulher loira?)
- tem cabelo curto (Sinnead O'connor está na lista - sem comentários)
- Usa barba de três dias (o que depilam as mulheres?)
- usa camisa (as mulheres não usam camisa?)
- não se ri (as mulheres são seres sérios?)
O cartaz é mau, estigmatizador e tipificador.
Cria mais cisão social do que amor, perdão ou redenção. Não se demanda mais do estado.
Exibe uma mensagem condenatória, que ali está exposta.
È miserável, ao nivel das mentes que controlam o estado, a entidade mais obnoxia da sociedade portuguesa.
O estado demonstra muito bem quem é o estado, não quem é prevaricador.
Não sei quem manda nem quem obedece a campanhas como esta mas Goebbels não fez melhor.
A campanha nazi e estigmatizadora actual do governo português está ao mesmo nivel de inteligencia da castanha e da pevide. Mas mesmo estas culturas não se dão ao trabalho de lançar cartazes pagos pelo erário publico.
O estado e os seus governates não têm que fazer?
Que tal os nossos governantes acabarem a licenciatura a que se propuseram?
Desta vez, honestamente.
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