Subitamente a sociedade portuguesa vê-se falida. Depois de anos á deriva sociedade revelou-se aquilo que já se esperava, um vazio completo.
Com indices de literacia a roçar a dos Cágados, os portugueses vêm-se roxos para entnder o que lhes aconteceu. Não há culpados. Há irresponsáveis que tiveram cargos politicos e que nunca definiram uma politica de educação pelo menos duradora. Já nem se pedia consistente.
Não se espere que a televisão e a Internet venha dar aos miseráveis aquilo que a escola sempre lhes sonegou: a visão critica.
Entregues aos pais, ás ideologias e ás religiões as crianças portuguesas pensam que lhes podem escapar pela via facil: o jogo video e o entertenimento. Não podem, não pelo menos mais do que 5 minutos.
Enquanto uma classe operária inoperante nem sequer vela pelos seus interesses, e as classes medias tambem não sabem o que fazer á vida, e ainda uma classe dirigente que não tem nada que a defina como tal, a sociedade portuguesa consegue apenes estar entregue a si própria. Sem sustento ou fundamento que a perpetue no tempo ou no espaço.
Governos entregues á mera gestão de poder, sem programa ou pelo menos um vislumbre da realidade, não governam. São meros agentes policiais. Num pais em que nem policia há - o que há é um bando de energumenos fardados. Em que profesores são destituidos e um estado nomeia os seus proprios confessores. Num pais em que se diz que aqui não há pão para malucos, eis o pão dos malucos. Uma sociedade miserável outrora polida pelo dinheiro revelou-se aquilo que já se sabia: uma sociedade debil, muito debil. Que não soube transitar entre a tradição e a modernidade. Porque não havia quem percebesse disso.
Que tempos são estes?
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