sábado, 21 de junho de 2008
CONTROL, de Anton Corbjin.
Uma simples história acerca da mais das mitificadas bandas pop rock.Corbjin teve a coragem de demonstrar o homem regular - e não normal - que era Curtis. Com a ambição de sair de uma Manchester em decadência e fugidia. Curtis era, para Corbin, uma especie de local hero. E foi-o durante uns tempos. Tal como Corbjin foi para a fotografia, um fotografo que saiu das categorias "cool" e "fashion", para ingressar na realidade daquilo que é a arte: devolver as pessoas a si mesmas. Acabar com os mitos e principalmente acabar com quem vive arttificialmente á custa deles.Os New Order de Bernard Sumner e Peter Hook disseram que não concordavam nada com o filme. Mas isso acontece porque a sua integridade artistica os subleva contra qualquer representação da realidade que viveram.No entanto, para mim, Corbjin é o quinto elemento dos Joy Divisio. Não Tony Wilson. Wilson queria deles um mito - e conseguiu - quer para o seu lado negro um lucro para a banda e para o seu lado claro uma projecção internacional. Wilson conseguiu ambas as coisas. Para "mal" de Ian, e para bem dos Joy Division.Corbjin repõe isso. Mostra ambos os lados, o preto e o branco dos Joy Division, Wilson (os media) e Manchester. Mas não mostra essa realidade a preto e branco. Mostra-o em escala de cinzentos. Porque como qualquer fotografo sabe, principalmente os que fotografam a "preto e branco", a realidade nunca é bipolar. Mas numa infinita gama de tons entre o mais escuro e o mais claro. Para que um viva o outro e em ultima instância viva por si mesmo.Por isso os filmes a cores são tão limitados.Raramente perecebram a fotografia.Corbjin teve anos de experiência com musica e fotografia para amadurecer neste projecto.A narrativa, que não é holyoodesca nem Yorquina nem de massas nem "arty" é aquela que se passava em Manchester? Não creio. depois de ver documentários do New Order nao me parece que os Joy Division quisessem transitir uma mensagem linguisticamente diminuta. Minimal mas não diminuta. A meu ver, Corbjin, falha apenas no minimalismo que pretende transmitir. Que só em algumas situações de intimidade de curtis e no soberba luz do final consegue transmitir. Mas mesmo assim essa é a sua linguagem, a linguagem do autor.Corbjin, é o primeiro artista, que consegue devolver Ian ao Céu. Claro que depois dos seus amigos mais proximos. Que acabaram por gravar Truth Faith e Touched by the Hand of God.Mas Corbjin descontrolou-se, mostrou o que os controleiros não queriam que se soubesse.Um homem vivo a fazer pela sua vida.
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