O panorama televisvo português tem sido do nivel médio de Fernando Mendes. De manhã estão os perseguidores, aqueles que nos querem fazer acreditar que colaboram em campanhas de solidariedade (mas não com dinheiro, presume-se que com bisnagas de laca, ou lencinhos de mão). Á tarde estão os zombies, a que por arrogâcia se chamam a si proprios adultos, ou pior, figuras publicas. Á noite vem o habitual, as televisões massificadas e os telejornais massificados. Porque dos telejornais da 1 hora nem se fala.
A TVI tem tido um papel não inovador. O que é uma vantagem. Mas um papel repositor. Que repõe o verdadeiro trabalho do jornalista. Enquanto a SIC - obviamente sem poder - se escuda em "especialistas", ainda por cima formatados, a TVI, de que eu não gostava, começou a fazer, e a apresentar reportagens de fundo. O que realmente falta na informação em geral portuguesa. « Ficou-me a reportagem das telecomunicações da Siemens que custaram mais do que custaria o melhor hospital do país, e que tais comunicações ninguem usa, e de que o ex-ministro Antonio Costa foi o principal arguido e nunca compareceu em tribunal. Nem a policia o persegue, embora persiga outra gente que não custou tanto ao Estado.
Ficou-me a reportagem de que o Aeroporto da Portela continua a ser funcional, com uns ajustes aqui e ali, em muito menos do que custaria ao erário publico.
Com Manuela Moura Guedes a TVI parece ter reentrado na ordem. A ordem aqui significa realidade. E não Ilusão. Mas as meninas da TVI ainda continuam a vestir camisolinhas com coraçõezinhos tipo «amo-te muito». Como se o amor estivesse em causa. Se Manuela tivesse poder não só reduzia os interesses de Portugal como punha as mulhers a vestirem-se. *elo menos bem. Porque Manuela é ainda a mulher que melhor se veste. Eu não duvido. Não tem a melhor face, porque - pena dela - ainda julga que alguem a estragou.
Mas faz um trabalho que - desde Sanches Osório - no jornalismo quase ninguem quer fazer: investigação, opinião publica e responsabilidade por isso. Daí o rosto de Vasco Pulido Valente. Talvez o unico escritor serio que Portugal alguma vez teve. Por ser o unico escritor que nunca se pensou como isso. Pulido Valente tem o dom da sintese e do génio. Mais nenhum outro escritor o tem. Porque ou têm tem uma coisa ou outra. Mas nunca ambas ao mesmo tempo. Pulido Valente diz o que o povo diz. Com a erudição que o povo gostava de dizer.
Isso acontece porque Pulido Valente reconhece ao povo erudição e sabedoria. Não o povo do Casting, dos votos, das manifestações, nem o das eleições, mas o povo que tem que de educar uma filha, ou cuidar de um gato, ou de preparar a refeição. Esse é o povo. O outro povo, o que habitualmente aparece nas televisões, é o resultado do Casting dos partidos ou das proprias televisões.
Manuela Moura Guedes tem a coragem de fazer a separação entre o Casting, ou amostras, de povo e o povo real. A TVI reapareceu com Manuela Moura Guedes com INFORMAÇÂO, até aqui tinha sido uma "sedução", tipo Selecção Nacional. Manuela é uma machadada na informação. Como Pulido Valente na Politica.
Por isso se compreende que Ferreira Leite nasceu do vazio de informação que Pacheco Pereira tanto cuidou em criar e contariar - legitimando o vazio, dando importância ou que não tem. Claro que Ferreira Leite não vai a lado nenhum. Não porque não queira mas porque deve a Pacheco Pereira a tarefa de o colcar como presidencial depois de Cavaco. Desta dependência sairá um país em ruína.
Não me digam que a politica em Portugal não é uma seca, em que ainda pensamos que os poderosos é que têm direito á participação politica.N ão me digam que a politica não é ainda uma coisa de velhos a tentarem garantir a sua - não vida - mas uma coisa horrorosa chamada sobre-vivencia.
Portugal parece o drama rasca da familia Keneddy, a familia que arruinou a America, e ainda arruina. Não deixando, por exemplo, Bobby em paz.
Parabens á Manuela Moura Guedes por ter escolhido uma vida intensa, que o desgaste obriga a tempos de recuo, mas uma vida intensa. Quer dizer Real, verdadeira, sem se se mentir a si própria. Parabens por ter escolhido Vasco Pulido Valente como comentador. Um sintetico e não um panóptico.
Mas uma pergunta persiste: quando fará um orgão de governação cair ou pelo menos vacilar um governo, como acontece nas democracias que realmente existem? Como acontece na Imprensa que realmente existe.
Eu respondo: quando gente como Pacheco Pereira deixarem de se dar tanta importância a si próprios; a importância que não têm.
Trduzindo: "quando os profissonais de comunicação deixarem de ter medo de viver".
Quanto ao resto da programação da TVI, não conheço, tenho Internet. Mas reconheço que a Internet não tem a Informção M.M.G. da TVI.
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