domingo, 8 de junho de 2008

ELOGIO DO PREÇO DA GASOLINA E DO "GASOIL".

Não me espanta o custo da gasolina, a não ser numa franja infima, o preço da gasolina não é tão pesada assim, é apenas pesada para a pequena bandeira do Casting da franja do "GASOIL". Que normalmente vai gastar o seu salario nas putas. Ou no jogo. Mas raramente investem na educação dos filhos.
Nenhuma companhia aérea reinvidicou preços de gasolina mais baixos.
Parece que o salário dos camionistas não dá mais para ir ás putas, têm que aturar mulher e filhos com quem casaram e se comprometeram a ter filhos. Talvez até ficarem em casa e lerem um livro - se souberem o que é isso. A maior parte é isso.
Mas não sabem porque votaram em partidos que lhes negaram o que seria saber o que era ler um livro.
É verdade que os pescadores se debatem com um problema, mas o problema é não quererem respeitar o peixe, e terem um lucro que nunca poderão vir a ter. O peixe nem sequer é bom. E até concordo com participações no "gasoil".
Mas não concordo com nenhuma cedência aos camionistas. Uma classe bem aborrecida e pior: "simpática". Que não raro mandam o pequeno carro estrada fora só porque não gostam dele. Por simpatia de uns camionistas com os outros camionistas.
Eu nunca gostei de caminionistas - já agora se querem encontrar armas clandestinas façam uma busca, simpática, a qualquer camião - são seres cheios de medo baseados no pior que a ditadura lhes transmitiu: corporativismo.
Como não gosto de policias pelas mesmas razões. São uma irmandade baseada num pretenso deus: um deus horrorosso feio e mal feito. Pessimo, vergonhoso e chato. Daí aquela estrela de cinco pontas horrivel.
Eu que tenho tanto medo de morrer como a morte ela mesmo de morrer, estou-me nas tintas para o Estado, para a policia, para os camionistas, ou para o preço da gasolina - já agora para os problemas das mulheres. Ou dos jovens. Ou dos "adultos".
O preço da Gasolina devia aumentar em Portugal, para que os portugueses deixassem de querer andar de "cu tremido" - não sei bem ao que isso se refere - e para que como aconteceu em épocas de crise começassem a solucionar os seus proprios problemas e não o do espanhois, franceses ou belgas.
Lembro que o primeiro motor eólico foi iniciado com uma falta de recursos de um dinamarquês para pôr o seu moínho a andar.
Lembro que as tripas á moda do Porto, nasceram do cerco de Napoleão ao Porto.
Lembro que quase toda a comida alentejana que persiste resultou de tempos de escassez de produção.
O primeiro transplante de coração foi criado num clima hostil em "tocar o coração", como se dizia na medicina da época.
Lembro que quase todas as grandes invenções duradouras resultaram da criação no VAZIO.
Os grandes pintores criaram no vazio.
Os grandes profissionais criaram no vazio.
Mas não temos de viver no vazio. Basta perdoar-lhe, aceitá-lo. E inventar de novo. Porque foi para isso que a maior parte de nós nasceu. È obvio que não foi para isso que Abrunhisa nasceu. É óbvio que não sou a favor do aumento de qualquer preço, Mas não posso deixar de reagir contra um povo que ainda diz "gasoil", que não reinvindica educação e que enche os bordeis e vai a concertos do Abrunhosa.
Pelo menos isso. Um povo que exibe três telemoveis ao mesmo tempo - sem nunca receber chamadas - e que não reinvindica educação nem formação nem nada. Um povo gerado pelo marketing eleitoral dos partidos politicos. Que lhes dão bonés e pontapés no cu ao mesmo tempo.
O povo gerado pelo Casting dos partidos e dos "novos movimentos sociais" está a enlouquecer o povo. Este, que só tinha como ambição viver. Mas parece que viver, hoje em dia, é viver num Casting. Se este povo quer ver baixado o preço da gasolina tivesse um pouco mais de formação e de educação e menos informação - na maior parte inutil - verificaria que é possivel ter melhor niveis de vida para si. E por isso para os outros.
Desligar o rádio. Seria uma solução para o caminionistas da treta que temos.
P.S. Hoje ouvi uma coisa extraordinária para corroborar o que estou a dizer. Numa reportagem de uma das televisões, um dos camionistas disse taxativamente, á boa maneira de Chicago anos 30: "se um deles - camionista não grevista - não parar, mandamo-lo para a berma, porque quem fura a greve terá consequências". Isto é democracia, isto são os camionistas simpáticos? O que é que isto nos faz lembrar? Um professor?
Não admira a rádio que os camionistas ouvem.
O Abrunho um deles.

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