quarta-feira, 15 de setembro de 2010

5 para a Meia Noite

É talvez o melhor programa televesivo desde Herman José.
Eu que fiquei doente e quase me obriguei a ver uma televisão obnoxia, careca e militante, encontrei estes homens - entre os quais uma senhora, talvez a única que jamais vi em televisão - capazes de revolucionar o panorama visual vocal e ideológico num ápice.
É óbvio que o programa está em fase "experimental" obedece ás regras da tirania atávica portuguesa em que ninguém arrisca nada.
Mas também é óbvio que a partir destes programas nada voltará a ser mais o mesmo, nem sequer Herman "o instigador".
Portugal está farto das Bábás Guimarães, das tretas do Ganza Comigo, dos filósofos inuteis e dos actores de carreira.
Na verdade é o mundo que está farto da ideologia da carreira.

5 para a meia noite revela frescura e conspiração - conspiração revelada, contra a obscura.
5 para a meia noite está longe de ser um programa adulto televisivo e didático, mas no meio em que se move é centelha no desdém.

Filomena tem uma presença inegável - é será uma das maiores personagens televisivas de sempre - , Filomena tem um desdem nebuloso pela novidade mas uma novissima presença diante da velhacaria, por isso fica nas nuvens com os seus convidados - tomara a muitos apresentadores terem o respeito que Filomena tem pelos seus entrevistados. As histórias reais da vida de Filomena são geniais - ex. Madonna na MTV. Filomena representa mal o diabo, mas fica-lhe muito bem esse papel. Será um génio, se não cair na graça de Deus.

Milton - É talvez o mais sóbrio humorista que eu conheço. Não tem ambições para alem do desdém que tem pela sua vida local. Milton não tem apoio nem apoia, por isso representa bem o segundo maior partido português, a abstenção. Mas como não se veste "bem" nunca será eleito para o posto. Apesar dos recentes fatos e gravatas finas. Por isso é aconselhável ao Milton continuar a fazer talk Shows inteligentes, já que a politica partidária por essência não precisa de inteligência para nada.

Boinas - repetitivo no seu humor. apanhou uma das dimensões do humor que toda a gente gosta: repetição. Não tem de ser criativo, não tem de se esforçar. criou uma personagem e é tudo. Os criticos não gostam de repetição, mas são os unicos que dormem sempre com a mesma mulher e sempre sem terem orgasmo. Não é por acaso que se tornaram criticos. Criticos são os que se esqueceram de apreciar a vida que eles próprios criaram.

Alvim - presunto-osamente o mais intelingente é o mais Secaria dos cinco, não consegue ter uma ideia criativa, é sumario no seu julgamento por se julgar avançado. Alvim julga-se, condena-se e julga que condenar e julgar é o proppósito do humor. Não é. O Humor é devolver as pessoas a si próprias. Não roubá-las para ter mais valias sociais. Até hoje não vi nada do Alvim que tenha valido a pena, a não ser a sua óbvia e evidente capacidade organizativa mas com falta de liderança. Resultado de uma educação levitica e falsamente holofotizada.

Pedro - é o caso mais espantoso de ascenção mediática e simultâneamente o maior abismo do humor. Pedro era quase um servente nos antigos programas com olheiras enormes, mas ascendeu a um programa de visibiklidade nacional com falsos paradigmas. Até hoje Pedro não se se sente muito seguro em revelar a sua verdeira filiação nazi, por isso acha a que a sociedade é nazi por si prória. Mas até agora é o mais auto criativo de todos. Porque sabe o que está a fazer.

A EQUIPA - em geral, a RTP arriscou-se a criar os proximos vilões criativos que não serão mais vitimas do publico.dos proximos trinta anos. Acabaram as vitimas do publico. Essa é nova tendªencia mediática. Não haverá nem um unico actor que destrone esta gente, garanto-vos.
Genio é o que não falta aqui. E genio pode ser acusado, mas nunca destruído.

Acerca do autor desta treta : ofereço-me para vos estacionar os carros.

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