A guerreira do espirito
Alexandra conta a história que tudo começou quando viu a sua filha internada e quase morta quando apelou para Jesus Cristo.
Desde aí escreveu os livros "este Jesus que vos fala" e Luz, entre outros, mas são estes os mais significativos.
Confesso que li os livros dela sem qualquer desdem. Mas nunca encontrei a alegria que encontrei nos livros de Neal Donald Walsh das Conversas com Deus.
Alexanda mostra-se espiritualmente guerreira, a lutar ainda contra algo que ela não sabe o que é, talvez seja contra a tribal e atávica ciência que impede a natural evolução humana - estou em crer que sim , porque eu como cientista faço o mesmo.
Nestes livros Alexandra revela um Jesus Cristo existente não num cêu nebuloso e estratosférico, mas no ceu real que é o coração de cada um de nós. Coisa que as as religiões e as materialistas ciencias se recusam aceitar.
Alexandra tem a coragem firme de seguir em frente não como uma festa do Avante mas como uma festa espiritual, uma festa que sabe ser uma festa, que não precisa de rituais para ser uma festa.
A maior coragem de Alexandra é ter revelado duvida, tambem Jesus revelou duvida - pai, porque me abandonastes? - mas a meu ver não tem a evidencia das Conversas com Deus, quando Deus diz que todos os lugares são sagrados, todos os momentos são sagrados, todos os seres são sagrados.
Alexandra defende Fatima como lugar espiritual de elevação unica - a meu ver não mais que Maputo ou a faixa de Gaza - porque todos os lugares são a consciência do que lá colocamos. Ir a Fatima de baixa com baixa consciencia não faz de Fatima um local unico. De facto foi em Fatima que vi a mais baixa consciencia: gente a rastejar de joelhos, gente vestida de preto, placards a dizerem "parem de ofender deus" como se deus fosse ofensável. Vi padres sectoriais a defenderem um papa em detrimento de outro. E dois padres italianos a darem xutos numa maquina de refrigerantes por causa de uma Coca-Cola. Vero!
Talvez tudo isto seja a o resultado de uma revolução espiritual, porque em mais nenhum lado há debates acerca de deus ou de Jesus Cristo.
Parece que Jesus Cristo é um tabu na sociedade, pelo menos, portuguesa. Pelo menos eu quando falo em Jesus Cristo no meio de uma sociedade pretensamente esclarecida - mas obviamente e rebaixadamente materialista - obtenho expressões de desvio e nebulosa tristeza. Há obviamente medo de Cristo em meios presunçosos.
O ultimo livro de Alexandra, Voo Sensitivo, revela uma viagem espiritual por locais miticos de Cristo. De densidade espiritual: Notre Dame, Jerusalem, a famosa historia de venice Beach e o monte Sinai.
Eu entendo-a. E muito bem.
Mas faz lembrar-me a história do opressor que vai a Fatima para um dia estar com deus e nos outros 364 dias passa o tempo a calcar os empregados.
Eu não acredito num deus agente de viagens, acredito num deus local, não no deus terreola, mas no deus no local, no sitio certo, e o local é aqui.
Mas mesmo assim não acredito em deus nenhum.
É ela que por graças acredita em mim. Porque como diz a canção "Jesus never left me, yet".
Alexandra vende mais que qualquer romancista dual, não tem qualquer visibilidade mediática. Os Livros de Alexandra tem mais espiritualidade que Agustina, mas ninguem se interessa por Alexandra.
Foi o mesmo que se passou com Neal Donald Walsh: esteve durante TRÊS anos no primeiro lugar dos livros mais vendidos com as "Conversas com Deus" da Lista do New York Times e nunca ninguém lhe fez uma entrevista nem sequer uma leve recenssão critica.
Porquê?
Medo de Deus. Medo de Cristo.
Vivemos numa sociedade em que nos vemos separados uns dos outros, por tribos, por conceitos por profissões. E os media refletem isso muto bem. Mas a questão é: são os media que refletem isso ou garantem essa situação?
P.S. - Na India quem se refere a deus refere-se sempre a "ela". Mas eu não acredito na entidade dual, nem na linguagem dual para referir a divindidade.
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