O lado B é o unico lado que a televisão parece ter.
Bruno Nogueira é talvez o unico apresentador que a televisão conheceu até hoje.
Por isso não é o melhor.
È apenas o unico.
O unico que se veste bem.
O unico genial. E o unico que se podia ir embora para que nem se desse falta dele.
Bruno não tem uma unica ideia num país idiota. Bruno é apenas Bruno, Nogueira no máximo (momento de humor).
Bruno desmonta todas as falacias de antigos apresentadores que queriam cativar publico. Bruno age como se não precisasse de publico. E não precisa. Nem o publico precisa dele. O lado B é o primeiro programa de televisão que eu vejo em que ninguem precisa de nada nem de ninguém, nem de humor nem de drama. Não precisar é emancipação, o Lado B emancipa.
Bruno sabe que quando acabar a massa tanto pode ir parar a uma banda Rap, aos estaleiros da Lisnave, ou ao Minstério da Administração Interna - que é o mesmo que se tornar agricultor.
Bruno não tem consciência social ou policial, não diminui ninguem, arruina.
Bruno vive apenas a sua época, numa época rara em que toda a gente diminui toda a gente em prol de um futuro inexistente e de um presente agradável, falsamente defensivo e com medo de criar e recriar de novo. Bruno sabe que não pode ser destruído, e que não existe tal coisa chamada destruição.
Bruno vive o presente. Vive o PRE-SENT (ou pre-enviado).
Bruno não se deixa intimidar por façanhas feministas nem ideológicas.
Bruno percebeu Portugal, medricas e atavicamente industrializado; os portugueses é que mal se apercebem de quem são quanto mais perceberem o Bruno.
O lado B é a unica realidade dos media portugueses, porque os media não têm a altura e a grandeza de um disco nem com lado A quanto mais com o lado B de Bruno.
O lado B demonstra e revela o que é realmente a mediatização portuguesa.
Bruno não falha.
Nem acerta.
Por isso os media andam ás voltas com o disco de Bruno, a ver se acertam numa rotação.
Bruno não lhes deu a volta.
Eram apenas os mediazinhos habituados a comer um só prato.
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