segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O "lixo" de José Peixoto,

De repente o mercado editorial deu em senil.
Ou de repente foram os media que na sua senilidade convocaram um livro senil de um tal José Peixoto.

José Peixoto não tem nenhuma história para contar, nada que nenhum jornalista tenha feito já. O que acontece é que Peixoto tem tanto desdem pela vida portuguesa que achou que um "livro" era necessário.
Isso acontece em egos mais ou menos adolescentes o que não é raro, o que é raro e dar-se tanta importância ao que não tem, que os media têm dado.
Devaneio adolescente, e devaneio editorial, o livro intragável redutor e sem premissa não merece senão a condescendencia, foi isso que o Peixoto procurou, a condescendência exterior, o apagão alheio, a ausência de vida, e resultou. A época é-lhe propicia.
Peixoto não busca dentro de si, nem criou para fora, aliás nem os media nem os seus resvalados editores.
Peixoto faz lembrar os predadores da pergaminho atrás do esoterismo da Alexandra Solnado que poderia rivalizar em liberdade com os Livros de Neal Donald Walsh - os tais que venderem e vendem milhões em todo o mundo sem um unico canto de publicidade ou de critica avulsa.
O mercado editorial é feito de predadores e interesseiros.
Grosseiros resistentes.
O mercado editorial precisa tanto de uma especie de vendas como "o livro" do Peixoto, pode ser o genero que tenha morto o prazer pela leitura dada a qualidade de escrita e palavras que aí se fomenta.
Porque as palavras são a vida que se vive, as palavras que Peixoto quer transmitir á população portuguesa é mais uma tirania retro-comunista do neo-realismo e da miséria anti-cristo. De auto-comiseração social. Dos que têm pena de si próprios para se tornarem em tiranos futuros.
Peixoto não sabe ler. Nem escrever. Por isso, tal como Mia Couto vai longe. Porque Peixoto não quer ficar aqui, no meio dos portugueses a quem quer vender "o livro"; esta vida, esta gente e esta população não são suficientes para tamanho ego do auto-comiserado Peixoto e da sua editora.
Nada de trágico, mas tambem nada de ainda suficientemente superificial para ir ao fundo. Das coisas.
Tal como elas são.
E se transformam no SER.


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