domingo, 10 de outubro de 2010

Liu Xiaobo sem medo do dragão

Liu Xiaobo o caçador de dragões

Num tempo em que vejo democratas do Bloco de esquerda que apoiam o "A mim ninguem me cala" de Manuel Alegre, e em que a politica estatal está a tentar criar fissuras na harmonia familiar por interesses de dominio global, não encontrei ainda nenhuma referência a Liu Xiaobo.

Liu Xiaobo é tudo aquilo que os ocidentais ambiciosos têm medo. Tudo aquilo a que a inculcação Bielderberg tem medo. A vontade de morrer e a vontade de viver. O amor pela vida e o amor pela inexistência da morte.

Amor por viver e amor por morrer. È tudo o que Liu Xiaobo tem para oferecer ao mundo. Esteve ali de sacas na mão diante do complexo militar chinês. Nunca vi homem mais ousado no mundo. No 11 de Setembro foram todos maricas.
Liu Xiaobo é o premio Nobel da paz mais merecido desde que Samuel Beckett recebeu o premio Nobel da literatura e Madre Teresa de Calcuta se tornou um icone mundial pela fama do nobel da paz.
Teresa nunca esperou por politicos para fazer a sua obra, Liu Xiaobo, desprezou qualquer sistema para fazer valer o seu amor pela vida.
Liu Xiaobo, lembrem-se, não vivia em democracia, não tinha sindicatos ao seu lado, não tinha ninguém, não tinha nenhum partido, era um homem só diante de tanques de guerra e o unico que conseguiu fazer evoluir uma revolução que só ele tinha e tem em mente.
A revolução de uma liberdade que está para acontecer.
Liu Xiaobo ainda hoje me comove, como um homem que tinha ido fazer compras e só queria ir para casa deparou-se com uma multidão de zés-ninguém, tanques de guerra contra um povo vivo, com vida, e ali enfrentou a fanfarra de um exercito comandado por elites não eleitas.

Só pela nomeação o governo da China adquiriu uma ruptura diplomática com a Suecia e com o resto do ocidente. Não sei do que isso resultou.

Mas garanto que a China e as tentativas de dominação mundial não serão mais as mesmas, nem pelos chineses nem pelos americanos nem pelos europeus.Eu que sempre desconfiei da intenção politica dos Prémios Nobel, desde Liu Xiaobo, começo a ter uma nova perpectiva.
Obrigado, Academia Sueca das Ciencias.

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