sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Mr. Tavener

Eu julgava que sabia alguma coisa de musica. Até tenho a Antena 2 ligada permanentemete e tudo. Claro que é uma rádio que me faz cabelos brancos. tal como brancos são os que lá estão. Mesmo o jazz. Não têm desculpa.
O problema é que das outras radios, nem se fala.
Na minha senda de procurar musica que valha a pena lá tenho o e-Mule e programas de pesquisa.
Um dia, estava eu nos meus afazeres "internéticos" quando, por nostalgia, liguei para a RTP 2 - "a Dois" - e me deleitei com o que estva a dar. Era um programa acerca de John Tavener. Em principio - e enquanto esperava por mais um download - pareceu-me mais um excêntrico inglês. E é. Mas desta vez com razão, ou sem ela. O que é a mesma coisa.
Simplesmente, ele foi o autor da peça que acompanhou o cortejo fúnebre de Diana. Não foi o cortejo fúnebre de Diana que me impresionou - se bem que mereça sempre o meu reparo - foi a musica. Uma simples canção chamada "Song for Athene", que Tavener revela no documentário ter sido feita para uma sua amiga, que falecera inesperadamente.
A canção é tão majestosa que fui ao e-Mule buscar tudo o que John Tavener tem para oferecer.
E depois de importar 4 albuns, não consigo deixar de ouvir a sua "Choral Music".
Eu já não gostava muito de Bach. Mas ainda era o que mais se aproximava da musica (vá, e alguns trovadores, pré Bach), o Requiem de Mozart, e os Sex Pistols. Tavener é uma chegada, ou um ponto de partida. Uma verdadeira morte. Uma verdadeira vida. Só conheço um artista que use tão bem o silêncio, enquanto instrumento, como Tavener: Samuel Beckett (ok, admito - e Wim Mertens.)
Não aconselho nenhum disco.
Não os tenho.
Aconselho uma pesquisa e uma audição daquilo que se pesquisou.
Tavener veio de baixo - não socialmente, veio de baixo daquilo que a industria musical teima em apagar -, de um fundo que eu não sabia que existia. E rapidamente saltou todo o Jazz, todo o New Age, Pop, Gospel, ou Rock que ouvi até hoje. E já nem sequer consigo ouvir a musica da Antena 2. Só agora, com Tavener, me apercebi o quanto a "musica classica" é realmente velha.
Tavener não é um inovador, não lhe interessa isso. Daí a inovação.
Também não lhe interessa a tradição só por si. Nota-se que é na tradição coral que ele se vai renovar.
Num mundo crescentemente louco, Tavener não me parece ser nenhum recuo, mas um dos avanços que estavam previstos, prometidos, e alguem tentou esconder. Ou apenas fazer dele uma anedota.
Espero que não tenha sido Deus.
Porque John Tavener nem tem nada de anedota. Nem de Deus.
Ou apenas só uma parte.

Em direcção a Guantanamo, vidas a darem em nada.

A Europa faz-se hoje de boazinha e ceguinha quando já sabia que os direitos sociais estão a ser trespassados. Isso revela-se no "contentamento" social. A Europa não faz a minima ideia do que se passou. Porque os governos já não governam. Perderam a autoridade. À nascença. E ao perderem a sua autoridade retiraram a autoridade ao povo.
Mas a Europa lá vive, com as suas competiçõezinhas burocráticas. O unico alento que parece mantê-la ao cimo da terra. Sem designio.
Entretanto, o povo europeu que, por isto, tende,- pelo menos o português - á miséria, lá anda sem qualquer coisa que lhe dê a mais breve noção do que anda aqui a fazer.
Os prisioneiros de Guantanamo passaram por Inglaterra, Espanha e Portugal, e só não foram ver a torre Eiffel a seu próprio pedido. Presumo. Estariam com pressa por uma Cuba Libre e um Cigar.
Hoje todos os governos são santinhos, depois de colocarem o povo a vigiar-se uns aos outros, vem com a desculpa da sua ingnorância. O controle social, despoletado por governos reféns de sectores interesseiros, deu em nada.
Enquanto os governos não governarem, situações como os dos prisioneiros de Guantanamo vão ser resmas. Como o desemprego - uma forma de controle social, tal como o IRS - está a ser neste momento.
Enquanto os governos não governarem e quiserem apenas ser populares, não vai haver liberdade para ninguém. Ela já existe, está no coração de cada um, mas o coração de cada um vai ser perseguido por funcionários sodomitas. Pelo menos enquanto este tipo de Europa permanecer.
A Europa é um caldeirão de luxo para dois ou três politicos mesquinhos pensarem que têm poder e aparecerem nos media, branqueando a realidade, com uma "estrela" de cinema - ambos em óculos escuros, embora não se saiba quem é a gaja.
Por mim, prefiro que o povo ainda se vigie uns aos outros. pelo menos não sabem ao que obedecem. É apenas a velha e saudavel vigilância da comparação sentimental.
A Europa sabe muito bem a quem obedece. E é demasiado obediente para ter, alguma vez, o meu voto.
Vidas que deram em nada. Foi o que a Europa criou.
Apenas isso.
Resultado da ambição.
Vidas que deram em nada. A unica coisa que a Europa sabe criar.
Valha-nos os que não dependem da Europa.
Valha-nos os que põe a sua liberdade fora de si.

Terror, terrorismo

Rorret, omssirorret.

"Terror" e "terrorismo" têm sido as palavras hipnoticas do controle social.
è tempo de as usar ao contrário.
Mais uma vez: Rorret, Omssirorret.
Para o descontrole social.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sociologia da Eduação

Não conta para nada.
É quase um filme de Tarantino - esse rabetta sem genio.

Avaliação de professores

É obvio que o Sistema Educativo Nacional não tem nada para fornecer.
Senão não gerava esssa classe fúnebre chamada "psicólogos". E aquilo que eles criaram para a educação. Os psicologos criaram a sua zona de interesse a sua autonomia. Mas não fizeram nada pelo ser vivo. Muito menos pela educação. Porque não perceberam nada. Desde o inicio. Acompanhei a formação de um psicologo desde o inicio e aquilo que ele poderia dar, deu em nada.
Criaram apenas aquilo que puderam criar segundo os interesses que acharam que alguem tinha para eles. Os psicologos que temos são os que outros interessses exercem na sua vida. Parca. Mas exercem.
A sociloogia que desmontou todo o esquema, mas logo vieram os intresses "nacionais" Correborando isso. A Socologia é mais mal amada das ciencias.
Sempre foi.
Porque põe trudo em causa.
E os que não gostam disso, não gostam dissso.

Avaliações, ou foderações?

Quem avalia os avaliadores?
Quem avalia este governo?
Quem avalia isto?
Quem avalia os que querem avaliarem?
Quem avalia?
Desde que deixem de avaliar os putos, avaliem-se uns aos outros. Mas não é o que tem feito até agora? A foderem-se uns aos outros?
Quem vai avaliar os que vão avaliar?
Como são escolhidos?
Hem?

Educação

De vez em quando lá ligo a televisão.
E de vez em quando lá me aparece o Gato Fedorento.
Mas de vez em quando lá me aparece um ministro.
E de outras vezes em quando só me aparece policia.
De vez em quando é quando a politica de educação tem prioridade nacional.
Agora o CDS decidiu que não é a educação, são as criancinhas, a natalidade. E isso.
A politica em Portugal é sempre de vez em quando.
Mas em Espanha tambem. Resultado dos papás europeus.
De vez em quando isto muda para que de vez em quando se possa manter o que está.

The Spectator

A maior parte dos meus amigos, por uma questão de "pathos social" lê a Spectator, uma revista funebre tal como a funibridae dos meus amigos.
Alguns deles tão funebres até se deleitam em funeral com alguns jornais e revistas. A morte é importante.
Não que as revistas sejam más. Até aconselham jovens. E até os "cidadãos".A revista Spectator é feita por gente funerária para gente funerária. Mas sem viver os seus proprios funerais. É uma revista para agradar a quem quer ser agradado ou agradada. Mas que não sabe fazer o seu próprio funeral.
Tal como eu.
Tal como eu.
A revista é a melhor anticritica que se cohece. Excelente contra o politicamente correcto vigente.
Mas é funebre na sua singularidade de espectador.
Não cria, reage. E ao reagir só cria o que vê. Volta a pôr no lugar o que vê sem o aniquilar. Talvez porque não precise. Ou porque não pondere isso.
É um peixinho. De rabo na bioca.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O meu Carnaval

"...Ô bá-Ô-bá-Ô-bá. Dizem qui cachassa é água, ...mamãe eu quero... eu quero mámá..."
(Entra uma loira, um premio de televisão, dança um gajo que pensa que pensa.)
Um constrangimento sem constragimento logo a seguir.
Um carneirinho e um comboinho. Uma bebida leve, mas com azeitona (para dar o ar sofisticado).

Pronto.
Já está o meu Carnaval.
Rápido, não foi? Porque havia eu de sair?
Comigo é tudo rápido.
Menos pagar impostos e trabalho.

Televisão

Áinda existe?
Eu que vivo no seculo XIX. Ainda gosto de Hitsoria do Estado. Ainda só reconheço a Socilogia como a unica a-disciplina cientifica.

Cognac

Finalmente encontrei Cognac em Portugal.
A um bom preço.
Sem as tiranias das marcas.
Cognac a serio.
PROCUREM-NO VÂO SE FODER!

New Dawn Fades

Estive a apreciar varias versões de New Dawn Fades. nenhuma delas superou a original, porque as versões são melhores do que a original. Uma contradição? Para quem gosta da canção, não se consegue estabelecer um ranking.
Soberba canção, encontrada no entulho Joy Divsion - um verdadeiro entulho. Uma verdadeira canção.
Sintese de uma época, de um tempo de um estilo de escrita e de fazer musica.
Síntese.
Curiosamente é a versão live dos New Order em Berlin, que estou a ouvir neste momento.
Mas por acaso.
Muito por acaso.
Porque tudo é por acaso.
Não é?
Pois claro.

Joan Waser - Police Woman

Foi aclamado como o melhor disco independente. Não é. Porque é um disco reactivo á obvia repulsa -pelo genio - que Rufus Wainright lhe propõe.
A rapariga é um beijo, mas não passa disso. É uma figura em cena. E uma verdadeira voz. E virtuosa no violino.
Mas tem talento. e ter talento é a pior coisa que se pode ter.
Poderia SER um talento. Mas não. Ela tem. O talento de Rufus.
A menina não percebeu nada. Não percebeu que nada existe fora dela. Nenhum ser vivo sequer,
E enquanto não perceber isso não vai perceber que tudo o que está para vir provem dela.
Afinal a industria discografica intedependente é tão tirana como a mainstream, senão pior.
Joan Wasser tem a tecnica. mas não tem aquilo que os criticos de Rufus lhe atribuem: genio. Rufus tem genio, mas timidez. Joan não tem pressa, nem genio, só tecnica. Joan é útil, mas servil.
Police Woman é um pessimo disco. Nunca conseguirá, os tacões de Susanne Vega - ou em Portugal, Pilar Homem de Melo, ou Né Ladeiras. Já que o que queria era ser mulher. Mas essas não quiseram ser mulheres. Quiseram apenas ser quem são. Viver o que vivem.
E quem são, pelo o que vivem, são o que fazem muito bem.
Police Woman é um album inutil, porque os Police por si mesmos já eram inuteis. Quanto mais "Woman."

Da diferença

Entre independencia e interdependencia, a diferença não é só conceptual. è uma questão de civilização viva.

Os "Independentes"

Os "independentes" nunca são independentes. Nenhum homem é uma ilha. Nenhum ser é autónomo, da coisa vasta que é a vida.
Mas houve uma ideologia que promulgou isso, porquê?
Porque são zeros a viver á sombra daqueles que acham que querem ser como eles. Mas zeros já há a mais. Que acham que há outros a quererem ser como eles.
Eis porque porque os zeros criaram as universidades. E acreditam nelas.