sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Em direcção a Guantanamo, vidas a darem em nada.

A Europa faz-se hoje de boazinha e ceguinha quando já sabia que os direitos sociais estão a ser trespassados. Isso revela-se no "contentamento" social. A Europa não faz a minima ideia do que se passou. Porque os governos já não governam. Perderam a autoridade. À nascença. E ao perderem a sua autoridade retiraram a autoridade ao povo.
Mas a Europa lá vive, com as suas competiçõezinhas burocráticas. O unico alento que parece mantê-la ao cimo da terra. Sem designio.
Entretanto, o povo europeu que, por isto, tende,- pelo menos o português - á miséria, lá anda sem qualquer coisa que lhe dê a mais breve noção do que anda aqui a fazer.
Os prisioneiros de Guantanamo passaram por Inglaterra, Espanha e Portugal, e só não foram ver a torre Eiffel a seu próprio pedido. Presumo. Estariam com pressa por uma Cuba Libre e um Cigar.
Hoje todos os governos são santinhos, depois de colocarem o povo a vigiar-se uns aos outros, vem com a desculpa da sua ingnorância. O controle social, despoletado por governos reféns de sectores interesseiros, deu em nada.
Enquanto os governos não governarem, situações como os dos prisioneiros de Guantanamo vão ser resmas. Como o desemprego - uma forma de controle social, tal como o IRS - está a ser neste momento.
Enquanto os governos não governarem e quiserem apenas ser populares, não vai haver liberdade para ninguém. Ela já existe, está no coração de cada um, mas o coração de cada um vai ser perseguido por funcionários sodomitas. Pelo menos enquanto este tipo de Europa permanecer.
A Europa é um caldeirão de luxo para dois ou três politicos mesquinhos pensarem que têm poder e aparecerem nos media, branqueando a realidade, com uma "estrela" de cinema - ambos em óculos escuros, embora não se saiba quem é a gaja.
Por mim, prefiro que o povo ainda se vigie uns aos outros. pelo menos não sabem ao que obedecem. É apenas a velha e saudavel vigilância da comparação sentimental.
A Europa sabe muito bem a quem obedece. E é demasiado obediente para ter, alguma vez, o meu voto.
Vidas que deram em nada. Foi o que a Europa criou.
Apenas isso.
Resultado da ambição.
Vidas que deram em nada. A unica coisa que a Europa sabe criar.
Valha-nos os que não dependem da Europa.
Valha-nos os que põe a sua liberdade fora de si.

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