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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Desobedecer

Portugal está a precisar de desobediência.
Os portugueses estão demasiado cantonados vigilantes e punitivos, e julgam que estão a ganhar, ou pior a perder.

Não está a acontecer nada.
A propaganda do estado e dos media e da religião está a ser tão opressiva que os portugueses não enontram mais saída.
Num certo sentido é bom: porque a melhor saída é ír por dentro.
Mas nem todos os portugueses estão preparados a ír por dentro porque estão agarrados aos bens materiais que adquiriram nos ultimos anos e que "comparativamente com a geração anterior foi um grande avanço". Não foi. Foi o que foi.
A ilusão que a politica criou na sociedade portuguesa foi tão grande que os portugueses não encontram mais meios de saída.
Uma sociedade que evolui materialmente é uma sociedade que não evolui espiritualmente. E a ver pela qualidade da religião católica - cada vez mais conservadora ilusoriamente condenatória e materialista - a sociedade portuguesa não evoluiu em nada nos ultimos 30 anos - tirando obviamente as lentas franjas urbanas e cientificas, mas insuficientes.

A desobediência vai acontecer, infelizmente criada e incitada pelo estado - para que se reforce o contigente policial e o estado policial a que o mundo estará sujeito nos proximos anos.

Mas a desobediência que eu falo é uma desobediência espontãnea, que infelizmente hoje se chama em politicamente correcto "violência domestica".

A desobediência não tem a ver com outrem mas consigo próprio.
para se desobedecer primeiro é preciso mudar de habitos e interesses e tudo vem a seguir.

Construir uma vida contra a obediência.

Construir vida é sair do estado, é saber que se está vivo e que se não tem medo da morte.
Construir uma vida é resolver o problema atávico de Portugal, não legitimar as suas tradições, porque as suas tradições são civilizadas, isto é, inuteis.

Os portugueses são obedientes ás tradições, não arriscam e por isso não falham, por isso não sabem o que é o sucesso.
Por isso vivem com um monstro chamado policia ou miséria.
A policia portuguesa é a miseria revelada.
Temos em Portugal jornais que são obedientes aos patrões e a ideologias. Sujeitos a colocações imobilárias e pressupostos da avaliaçõ do Q.I. dos pseudo-neurólogos.
Inuteis, os media pensam que representam ou que criam sociedade. Mas não criam universo.
Os media perdem diante do universo.
Porque o universo não sabe o que é perda.