quinta-feira, 29 de abril de 2010

João Pereira Coutinho

O douto João só faz sentido no país de verborreia politica em que os Melos e os Portas de alças interiores encandeiam a população pela distracção mediática.
JP Coutinho não é um génio. Não nesta área. Porque a politica sem Jesus Cristo tornou-se em estrume social, legitimação de religiões e poderes avulsos.
Coutinho só quer fazer sentido num país medíocre, em que Nuno Melo se quer fazer passar por politico. E em que há gente que vota em Melo..
JP Coutinho usando as teses de Burke quer fazer passar a velha ideologia gregaria e conservadora. E com razão. Num pais politico á deriva que destruiu tudo o que pôde destruir, o conservadorismo de Burke parece ser a unica solução. Como se a luta fosse - ainda - entre liberais e conservadores.
Mas não é.
A nova luta é entre a existencia do estado e a sua definitiva ausência. Coisa que Coutinho ainda não percebeu.
Os novos movimentos sociais já provaram que o Estado não serve mais as populações. O Estado é apenas uma ficção funcional de legitimação de uma BREVE classe social. O Estado é apenas a instituição que legitima religiões e ilusões. E as torna funcionais.

Prefiro Coutinho ao Espada, ao Melo, Portas, Pulido Valente ou Prado Coelho.
Porquê?
Porque Coutinho não nasceu ontem. Nasceu hoje.
Coutinho parece demonstrar que renasce todos os dias como os anjos fazem: renascer. Coutinho não obedece, renasce. Lembra. Lembra o que é estar vivo.

JPCoutinho é ideologicamente mediático. Ainda legitima o estado. Tem no entanto, a seu favor qualidades que muitos sociólogos "bem pensantes" nunca conseguiram exercer: provocação, inteligência, seriedade e auto-ruína.
Coutinho veste-se bem e conduz um Porsche (que era da Marisa Cruz), tem um piano de cauda em casa e faz pela vida.

Coutinho arriscou e ganhou.
E o que ganhou? O risco.

Coutinho se fosse de esquerda seria o gestor da MultiOpticas, como é de direita é apenas o melhor céptico politico que eu conheço.

Só espero que Coutinho não acredite em Deus, mas que Deus acredite nele para voltarmos a ter um país civil e civilizado.

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