sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dicotecas 1

As discotecas são poluição e proliferação dos piores valores - mas não os meus. Por tentarem impor valores.Não que eu tenha alguns valores, mas as discotecas querem-me impor valores. Por exemplo, não poder entrar de tenis - prefiro o termo sapatilhas.As discotecas que eu conheci, do Algarve ao Norte de Portugal são tão conservadoras que só querem conservar o peixe que são. A peixaria que são.Eu agradeço a qualquer governo que encerre discotecas. Não as liberalize, encerre. Feche. Mande-os foder outro! Será que alguma vez teremos uma sociedade assim?Os disc-jockeys são maus ou populistas, ou ambas as coisas ao mesmo tempo. Os donos, ganaciosos e iludidos. A classe á volta da industria, uma mafia armada de criminosos que não deixa ninguem sair de casa, e julga que controla a industria - as gajas, a noite - quer controlar o mais simples ávido consumidor.As discotecas deram no que deram porque a mafia se instalou nas discotecas. De camionistas a pegas, ao jet-set, a noite não mais pertence a seres vivos, mas a pedagogigos seres do passado. Eu gosto de putas e de camionistas. Visiveis. Não gosto é do controle social que é exercido á volta das categorias sociológicas que a noite tem estabelecido.Claro que nem todos podem entrar numa discoteca.Aceito. Mas ser selecionado pelo mais inutil dos seres é de arromba.Um governo que encerrasse todas as discotecas era um governo justo. E que empurrasse as pessoas idiotas que a noite criou para ler e escrever, antes de abrir as mesmas discotecas. Seria justo e ideal. Mas não é assim. Porque não temos governo. Temos gestão.Por isso não saio mais, desde que levei na tromba sem razão aparente, num discoteca. Talvez me tenha metido com uma feminista. (não li os livros todos, por isso não saio mais, até ler os livros todos).Frequentei o Swing - Porto - durante anos inverosimeis. O Swing criava-me uma ideia nova de vida cada vez que de lá saía. Hoje cria-me essa ideia nova cada vez que lá entro, e saio de lá velho. Sem ideias. Sem revolução. Nada.O Swing tornou-se conhecido como a discoteca de Rawlings. E ficou por aí. Não quis mais vida. Porque achou que Rawlings ela própria já era a morte em si mesma.Não conheço amigo meu que mencione o Swing nas suas saídas á noite. E aquele que menciona desaparece imediatamente da minha vida. Mistério.Porquê?O Swing era um local popular de musica, dança e festa.Não é mais. Tal como a noite do Porto não é mais.O Industria era um local de celebração. Até o Reininho era considerado cantor.O que aconteceu á noite do Porto foi o que aconteceu em Manchester, drogas, armas, camionistas, violência, putas. O que fez fechar a Hacienda.A noite do Porto não pode continuar a ser elitista, mas tem de aprender a não ser tão predadora, nem canibal.Tem de aprender que o conceito de classes sociais não existe mais. Que os novos movimentos sociais são o futuro. Tem de investigar musica. Tem de aceitar o povo e formá-lo. A noite não pode ser mais um local predador.Os anos 90 de Braga e Lisboa foram-me mais formativos do que qualquer escola ou universidade. A noite do Porto foi sempre predadora. O Porto nunca terá noite. Por isso morreu Aurélio, era talvez o menos predador da noite, o que entendeu o que era conviver com musicos, artistas e com diletantes, mas nunca entendeu a máfia das drogas, do alcool, da policia e do funcionalismo inspector.O Porto nunca cresceu como cidade. Não sabe como.A Maia,deve ser a pior zona de vida. Matosinhos nem se fala. Gaia, só para rir.Porque a zona do Porto não tem mais poder. E o poder que há são os dos gangs armados.Fechar discotecas é o que eu proponho ao governo.As do Porto.Bares inclusive.Não são locais de "bem". Comparados por exemplo com as docas Lisbonenses ou com Vigo.Fechar as discotecas do Porto seria, não uma purga, mas a coisa mais Politicamente Incorrecta que se faria.A bem da vida.Contra o estabelicido e os interesses locais de uma classe inóqua que o Porto criou. Apesar de formar não sei quantos mil estudantes por ano.Valha-me Deus. Deixem-me rir do Porto, da sua Universidade Cultura e elites locais.O Fantasporto é um acontecimento inutil, local e para dois ou três dependentes. Nunca teve um filme decente - tirando os Sex Pistols de Julian Temple - e baseia-se numa dependencia social minuscula e aldeã que eu tenho mais ampliado vivendo numa aldeia real.
P.S. Fechem o Idiota do Dorminsky. É, para mim, o idiota do Porto e de quem toda a gente tem medo de dizer que é o idiota do Porto. Fechem aquela merda dos bares de psicólogos e idiotas que julgam que leram um livro. O "pulgas" ou "centopeia" ou lá o que é. Fechem o Porto. A cultura do Porto é balofa. Fechem o Siza Vieira nas grades da sua irmã. Apesara de tudo a unica coisa que existe no porto, ou existiu, foi o Centro Português de Fotografia. De Tereza Siza.DORMINSKY e REininho são os idiotas da lingua portuguesa. Ficou claro? Investiguem, ou façam qualquer coisa na vida. Chegarão á mesma conclusão esperançosa que eu.

Nenhum comentário: