sábado, 9 de janeiro de 2010

Entertenimento

Quando comprei a internet pensei que havia um mundo inteligente a explorar. O mundo inteligente que eu pensei esgotou-se em pouco mais de dois meses.
Tenho internet há mais de um ano e meio.
Da teoria-M á dança, passando pela fotografia e pelas artes não encontrei uma unica sumidade digna de nota.
Mantenho o fascinio pela fotografia que continua a ser esperançosamente criada aqui e ali e editada. Não há um unico genio na pintura porque mais ninguem pinta, - cantam mas não pintam - ninguem percebeu para que serviu a pintura desde Rohtko - maneira de sublimar o que não existe, tornando isso na existencia e fazendo-se desaparecer, a pintura é uma maneira de SE desaparecer, "predistigitação" como dizia Cesariny.

Os blogues são feitos de ideologia, purismo, cuidado ou esconderijo, mas não há nenhum genio na escrita portuguesa.
Por tempos tentei apoiar-me na new age de Donald Walsh, mas a sumidade sem a muleta de deus não é capaz de ter uma ideia avançada, a sua timidez que lhe criou os dialogos fez dele um ser sem interesse. Um ser redundante sem a capacidade de falhar, ou seja, criar novo.

O cinema é uma miseria, fiz listas enormes de cinema recente apoiado pelo publico e pelos criticos. De varias centenas de filmes ficou Wim Wenders com quase todos os seus filmes - principalmente Palermo Shooting. Anulou-se Woody Allen. E o entertenimento americano passou ao simultaneo desprezo que tenho pela politica. Havia uma esperança: uma biografia de Samuel Beckett, que não passou de um rumor.
Há no entanto uma esperança, dubia e obscura, Philip Seymour Hofman, um genio que não é actor mas sabe o que quer e o que está a fazer ali. É estar atento, a ele, não aos seus patrões.
Musica: prefiro a musica independente onde se vai buscar perolas, encontrei algumas: fico com os Blonde Redhead e os Get Well Soon. Outros desastres não são dignos porque disseram a si próprios não serem dignos.

Ciência: tirando Maria Filomena Mónica não encontrei mais nenhuma teoria cientifica digna disso. A psicologia continua policial, a sociologia amedrontada ou obediente, a história histérica. As outras ciencias menores, como as ciencias naturais, continuam no seculo XIX e no seu darnwinismo, excepto a fisica que entendeu que a musica das super cordas e a musica (Teoria-M) é mais avançada do que a atávica ciencia.

Religião: não entendo um papa que pede desculpa pelos seus "crimes", é como processar itália por condenar Jesus Cristo á cruz. A religião não se tornou senil, é senil por ordenação - apesar de eu respeitar bastante a convicção dos padres, freiras e crentes que confiam em Cristo.

Mundo: já se viu que Israel não existe, a Europa tende a tirania e os EUA á homogeneização. Parece que a Australia se mantem triste e Ásia obediuente. Africa continua a ser pérola que ninguem sabe o que vai ser, apesar de ser considerado o "continente de reserva", Os polos continuarão a ser da Volkswagen e dos esquimós, das focas e dos leões marinhos.

Grave: sonhei que um dia Hugo Chavez seria o chefe de um governo Mundial. Não admira. Não me admira nada que seja Chavez quem esteja a conspirar para um governo mundial.
Mas é que não me admira nada. Mesmo nada. Nada mesmo.

VOZES: nos filmes as vozes dos "maus" são sempre graves e as vozes das "vitimas" agudas. Graças a deus, Tom Waits inverteu tudo isso, fazendo da vitimização uma comédia.

Não há nada para curar, nem ninguem para salvar.

E isto é a vida que tinhamos em mente.

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