segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Agora o Estado quer ter o Monopólio da violência!

Ci6 - governo de Portugal - o que é esta merda do Estado?

A velha estratégia do vigiar e punir está de volta.
Hoje, vi um dos cartazes mais sinistros de toda a minha vida. Da responsabilidade de quem? De quem havia de ser: do Estado esse sagaz facínora.

O cartaz ameaça, numa verborraica estetica apocaliptica de filme classe Violenta "a la Steven Seagal", os prevaricadores de violencia domestica - o termo politicamente correcto para desobediência - com uma pulseira electronica.
Presumo que a maior parte dos prevaricadores que não tem dinheiro nem para um relogio irão ficar contentes com tanta abertura e acesso á alta tecnologia de control do estado.

O estado tornou-se no agente mais ridiculo e folclorico da sociedade portuguesa.
A violência domestica é quase nula e resulta na maior parte dos casos das relações amorosas e conjugais a que o estado quer ter direito a participar.
Eu sou sociólogo e a maior parte dos casos de violencia domestica que conheci foram casos de artificiais para sedimentar relações e forçar alianças sociais. A violencia domestica é o resultado de interesses conjugais mutuos onde não há vitima nem vilão mas actores concorrendo para um interesse mutuo: a relação e o seu significado. Onde o estado nunca intervem. Mas de repente o estado quer ter participaçõ, quer dormir com os conjuges.

O estado, esse menor agente social e o seu canil de tecnicos "sociais", julga - oh tanto julga! - que a violência se combate ou se anula pelo julgamento ou pela punição. Esquecendo-se que é precisamente o julgamento e a punição que gera a violência quer seja domestica ou do estado.

Na verdade se todos os criminosos usassem uma pulseira electronica, a maior parte dos governantes seriam os mais brindados. A começar por Antonio Costa.

Lembremo-nos que o estado é o principal agente criador de expectativas e seu principal frustador. Isto porque o estado e o governo teimam em existir.
A maior parte das familias onde acontece violência simplesmente sentem-se enganados pelo estado em quem tanto confiaram.
Não é por acaso que o estado, num inutil acesso de control da população quer controlar a furia daqueles que nele onfiaram, através de uma ameaça á população com uma pulseira high-tech (espero que estejam disponiveis em varias cores porque não faltarão candidatos) de vigilância electronica.

O estado tornou-se senil.
Porquê? Porque se quer perpetuar com um poder que obviamente já perdeu para os Novos Movimentos Sociais. A dicotomia classe alta/baixa esbateu-se na realidade, e só a artificialidade do estado através do exercicio da violencia estatal - ou policia - propõem manter a velha dicotomia social, não para que se reforme a sociedade mas para que velhas ideias e velhos grupos sociais inuteis sejam validas.

O estado e as ideias que o suportavam estão falidos.
Resta ao estado o monopolio da violencia a que em breve se chamará lei marcial contra a desobediência ou "violencia domestica". Em breve o estado confiscará as armas de fogo a todos os "civis", e todas as actividades que o estado não enquadra no seu planeamento serão alvo de vigilãncia.

Excelente para os anarquistas, gera-lhes criatividade!

Não é que o estado é realmente ridiculo? Porquê?
Porque pensa que existe.

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