quinta-feira, 9 de agosto de 2007

CARTA AO PAPA RATZINGER

Dr. Ratzinger,

Estive aqui a pensar. Não muito mas o suficiente par lhe escrever esta carta. Sei que você intenta voltar ás missas em Latim. Não é do meu tempo e, por isso, até era capaz de gostar. Mas pus-me a pensar. Eu até queria ir à igreja ouvir aquela parte da “culpa, minha tão grande culpa” ( a minha parte favorita, porque é única em que me rio) - já sabes, a igreja tornou-se engraçada. Mas em Latim é que não vou perceber nada. Como vou apanhar essa parte? Estou a imaginar: “culpi, mea vana e elaborate culpi”? E como me rir em latim?
Não dava para pôr a missa em inglês? Sei rir em inglês, é para dentro. Em espanhol, é forçado, e em francês para rir noutra altura da semana.
Se é uma questão de internacionalização…põe a missa em código de morse. Com um sacristão lá atrás, com uma lanterna, mas tem de ser sóbrio. Claro que tinha de ter passado pela Marinha. Eu passei, podia ajudar, mas não aprendi Morse na marinha, aprendi a querer ir para casa.
Mas em inglês. Vá, eu chumbei várias vezes mas sei umas coisas, até traduzi umas musicas dos U2. Mal, mas traduzi, era para perceber o que diziam.
Fazias-me esse favor?
Ou em francês.
Ou em alemão. Aí já tinha de ir par o Instituto.
Mas esse é o problema, não conheço nenhum instituto de Latim.
Pronto se puderes fazer o favor, eu agradeço.
Já agora, não te lembres de pôr a bíblia em latim nem em alemão; não que eu a leia ou tenha alguma coisa de interessante, mas obrigava a ter mais figuras, que por mim tudo bem, mas ia criar ainda mais confusão. Eu já a tenho em português, e não percebo nada. Imagina em latim ou com desenhos. A não ser que tenha receitas de culinária.
Faz lá esse favor, não saias tanto à noite nem ligues tanto aos muçulmanos, essas ideias liberais de voltar para trás, para ser renovador só te vão prejudicar.
Digo eu.
Em latim não.
Imagina que eu escrevia esta carta em latim…como a percebias?
Estás a ver?

Atenciosamente,
Revelações.

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