sábado, 25 de agosto de 2007

Eduardo Prado Coelho

E a semiologia.
Eu nem sequer sabia o que era isso, a semiologia, até aparecer um tal estudioso chamado EPC que estudou Semiologia na Sorbonne. Tá a ver o que é Sorbonne. Tá a ver o que é a Semiologia.
Eu abomino a Sorbonne. Acho que devia haver um juri tão tirano para aceitar no mundo uma faculdade com um juri tão tirano, como o da Sorbonne (já lá estive e é uma universidade feia, muito feia, pior que Aushwhitz).
Na veradde o Juri da Sorbonne só faz veicular antigos processos de selecção católicos. Ou protestantes. Um juri é sempre um juri. Um juízo. Um erro.
Eduardo Prado Coelho sobreviveu a tudo isso. Foi insultado por vários quadrantes. pelos putos e pelas crianças. Doutores e engenheiros. Por mim inclusive, embora não me lembre onde.
Mas havia quem gostasse dele. Ele próprio. É o suficiente. E aquela barriga que não o largava.
Dizem que quem morre muda de forma. EPC não queria mudar de forma, porque sabia que tal lhe era garantido. Não precisava de morrer para emagrecer ou para engordar, ou para comer melhor, ou para se vestir como um connservador ignorante. EPC vestia o que sentia.
EPC sabia que tinha terminado a sua missão. Estava feliz, realizado. Viveu rapido, muito acima da merda da media. Fez o que fez pelas artes e pela cultura. Pouco pelo vinho e pela cerveja, mas muito pela comida portuguesa. E a que havia, comeu-a.
Viveu como se vive, como um rio que só conhece o leito.
Não há nada para dizer, e a falta das polemicas com VPV. Amigos de costas. Mas amigos.
EPC deixou uma mensagem: não sejam como ele. Ele não quereria imitações.
EPC deixou uma mensagem: "toda a morte é uma mensagem".

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