quinta-feira, 3 de abril de 2008

Os "Novos Pecados" da igreja Católica

A ideia de pecado só é compreensivel num sistema social insticionalizado. E incide acerca do comportamento, mas nunca nas crenças. O pecado incide acerca de uma premissa em que se basearam e se baseiam todas as teologias anteriores e actuais: a ofensa a um deus. Louco concerteza. Só um deus louco pensa e promulga que pode ser ofendido.As teologias baseadas no controle social - um controle aliado á politica, mesmo a da libertação - quiseram sempre fomentar a ideologia do medo contra a promulgação do amor. O amor nunca, mas nunca, se institui. Por isso se chama amor.Toda a ideologia do pecado se baseia na ofensa. Na verdade não existe um deus que possa ser ofendido, porque deus não perdoa. E não perdoa porque não há nada a perdoar. Perdoar o quê? Ter nascido? Viver?São só as pessoas a viverem as suas vidas da melhor maneira que sabem. A cumprirem e a realizarem as suas vidas. Tudo o resto é dor.No entanto reparo que a lei dos homens - o Direito - se fundamenta na mesmas premissas da ofensa. "se não te portas bem...", " se não respeitas a "lei"...ou o governo, ou o sr. ministro ou sr. deputado ou sr. policia... Tudo maneiras de controle social contra a liberdade do ser e do viver.As teologias estão a ser substituidas pela lei humana. A lei feminista ou a lei machista - os termos são tão maus porque se baseiam na animalidade fêmea-macho. Baseiam-se hoje em tribalismos baseados na animalidadeAs leis da sociedade, a meu ver copiadas das teologias. Basta ver as analogias entre a teologia e a lei do direito social. Para ser bruto, olhem para as sociedaes muçulmanas, para ser fino, reparem na sociedade portuguesa. Reparem naquilo que fazem as teologias pelo direito e o resultado disso mesmo. SEM REDEMPÇÂO. Presos. Pais nossos, etc.O pecado que se fala significa "desvio". Mas por ser desvio é a confirmação do caminho. Mas por não haver caminho nenhum.À igreja Católica não lhe é permitido mais regular comportamentos. Nem ao Direito. Não vitimas nem vilãos. Todos querem regular os comportamentos dos outros. Hoje, até o Sexo se tornou uma bandeira simbolica de controle social. Ficará, mas não se aguentará.Aquilo a que se chama pecado, é acerca do próprio ser que se reconhece. Quando diz a si mesmo: "não é este quem eu sou". Lembro a história da cleptmana que um dia deu por si tão só que perguntou a si mesma: é esta quem eu quero ser?Nesse momento redimiu-se do ser que não queria ser. Alguma vez pecou? Sim, pela ordem da igreja. Não pela ordem da sua redempção.Foi criminosa? Sim, pela ordem do Direito.Repare-se que não temos instituições suficientes que devolvam as pessoas a si proprias. A escola exige comportamentos, cantona-os, gosta de controlar -uma maneira de perder - não promove crenças nem o ser muito menos a criatividade. Mas temos instituições que vigiam, controlam e punem o comportamento.Algumas leituras de Foucault, mostrariam essa evidencia.Algumas leituras de Neal Donald Walsh mostravam a mesma posição.Os "novos pecados" não são pecados nem amparas sociais, são o reconhecimento do mal. É a igreja baseia-se num juizo, numa ética a que se chama "mal". Por isso, talvez o "mal" provenha daí. Porque a ética é uma juizo social baseada no "mal". E o mal não existe. Como disse Jesus é apenas um juizo acerca do que está a acontecer.E o que está a acontecer é apenas o que está a acontecer. Não mais do que isso - e por isso Jesus, o Cristo, aceitou o que estava a acontecer, a sua propria crucificação.Ética e Cristo são oposições, desconfiem de quem os está a ligar.Como os mandamentos que foram dados a Moisés alguma vez tenham existido. Os Mandamentos de Moisés alguma vez existiram?Que Deus louco "mandava" o que quer que seja a quem quer que seja?Mandamentos? E mandava a um e não a outro? A um povo eleito? A um gajo? Só? E tinha de ser psicólogo por isso?Deus não mandou nada. No máximo, sugeriu. Ou ainda, enquanto sociedade, encaramos Deus como o Presidente da Republica?A não ser que se fale de um deus louco, e não falta quem acredite no deus louco e fundamente as suas perseguições actuais nesse embuste. O Direito não é melhor.Vive-se uma sociedade de "culpa", de "erro", em essência de um matriarcado e patriarcado que não têm mais fundamento. De um feminismo tardio, e um machismo cultural. Conceitos da animalidade.Mas a grande questão é que nesta discussão é que nem se pergunta: o que é importante na vida?Revelou-se uma discussão acessória.Eu fui educado - fatalmente - na igreja católica. Assim que saí da igreja e dos seus rituais e recursos, reparei que é uma igreja valida. Mas inutil. E reparei ainda que não é a Igreja de Cristo. Porque a igreja de Cristo está dentro, aqui, no coração. Não numa sumptuosidade qualquer.Nós não somos responsaveis pelos outros. Essa é uma forma de culpa criada pela igreja católica. A igreja católica ao se declarar responsavel por outros está não só a debilitá-los como a estigamtizá-los como "carentes".Cristo nunca viu um cego como carente. Viu o cego como perfeito, como ser. E por isso curou o cego do seu próprio pensamento acerca da sua cegueira. A igreja, tal como instituições do estado gostam de manter os seus "clientes". Não emancipá-los.Que deus louco existe que perdoe? Para que quero eu ser perdoado? Por ter nascido? Por ter vivido?Só o deus louco que acha pode ser ofendido. Uma especie de ministro das obras publicas português.Para que serve o perdão? Para que quero eu ser perdoado? Por ter nascido?Hoje em dias olho para as multiplas religiões existentes e, a meu ver, ou são comediantes, ou simplesmente estão a gozar comigo.Porque quem me quer curar são os loucos. Para isso temos a psicologia. Loucos a querem curar-se de si mesmos, atarvés dos outros, porque somos um todo.Viver e deixar viver é como aquela afirmação do "armado e perigoso". Uma redundãncia. A não ser que "armado mas a distribuir beijos".Viver. Primeiro. E que se se foda o futuro, porque ele é genial.Depois logo se vê.

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