quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cavaco sem rosto

Parece que a criatura que as criaturas portuguesas elegeram para presidente da republica se submeteu a uma evidência consciente: o facto de que a sua candidatura não foi um programa mas uma campanha comercial, interesseira, conspirativa e atávica.

Cavaco num ápice de consciencia luminosa talvez efeito de um chã de vinho, resolveu não mais se candidatar através de outdoors.
Curioso: eu coloquei essa mesma sugestão duas semanas antes de Cavaco se decidir recandidatar. Não por causa de Cavaco - que deus o leve - mas em favor de uma democracia em que os menores candidatos não têm as mesmas oportunidades comerciais que Cavaco e outros dinossauros podem adquirir através das suas relações tribais.
A tribo de Cavaco deve estar em pulgas.
Na verdade só se lembrou agora que está em pulgas por isso passa o dia a compor a sua casa e a contratar mulheres de limpeza.
A alegada crise parece trazer beneficios aos portugueses, nomeadamente o fim dos nazis publicitários, o fim da imagem e o principio do fim dos hipocritas.

Uma democracia sem imagem é o principio de uma democracia com ideias, com programa. O principio da derrota e da vitória, o principio do risco sem medo.

Cavaco, - o cadaver - que foi eleito pelos cadaveres portugueses resolveu de repente estar vivo - talvez tenha encontrado mulher suficiente para além da sinistra Maria que o massacra. Talvez alguem lhe tenha feito um fellatio na casa rosa, ou uma rosa lhe tenha dito como fellatio podia ser com os portugueses.

Cavaco nunca foi um politico, mas apenas um carreirista. Cavaco destruiu o país - mas ainda não sabe disso, porque é apenas um boneco - porque nem de economia entende. Cavaco não percebeu nada acerca da vida porque a sua vida estragada se relacciona com o seu passado não com a evidencia da dádiva presente. Por isso Cavaco e os seus autdoors e a matilha que os apoiaram tendem a acabar.

cavaco já acabou, mas só ele não percebeu porquê, nem a sua matilha - por isso os portugueses pagaram biliões para que a matilha de Cavaco se perpetuasse. E a isso chamaram um défice orçamental, que os portugueses dada a sua cegueira vão ter de pagar.

Cavaco a mim nunca me comoveu, porque vi do que a matilha de Cavaco é capaz contra os seus próprios congéneres, familiares e habitantes. Vi a matilha de Cavaco deixar cair pontes de propósito e dar as culpas a outros, vi a matilha de Cavaco a construir estradas á pressa para que outros pudessem visitar pontes caídas que a matilha de Cavaco desprezou.

Cavaco teve a ideia feliz de não usar outdoors na sua candidatura - uma ideia reactiva - , mas espero que isto abra a caminho á proposta que fiz para que democracia seja divulgada pelos mesmos canais para todos os intervenientes e agentes.

A minha proposta continua a ser esta: o estado não deve permitir nem fomentar nenhuma forma de propaganda dispar. Todos os candidatos deverão ter direito às mesmas maneiras de propagar os seus projectos, e todos os candidadtos da mesma forma.
Deve ser obrigatório a todos os candidatos emanar um programa que seja legivel por qualquer potencial votante.

Só a igualdade de acesso aos eleitores em campanha mostrará uma verdadeira democracia.

O tribalismo português imperial está no fim.
A geração que o sustentou começou agora a morrer - sua reprodução tambem, o tribalismo consequente anda á deriva, e o tribalismo juvenil nem sequer sabe o que sabe.

Portugal não percebeu ainda que não há mais a lineariedade histórica nem mais nenhuma narrativa tribal, que os politicos nostálgicos, vanguardistas e atávicos quiseram manter.
Portugal não percebeu que a criação das novas gerações são a unica coisa que acontece e renovará um país que não precisa mais nem de imperio nem de comunidade europeia.
Porque a verdade e a liberdade de um país vem de dentro não das suas alianças politicas.

E decisão vem de se queremos ter um país - espiritual - ou um território - animal.

Cavaco demonstrou o pior de Portugal, não conseguiu fazer do país uma entidade soberana e deleitou-se com um presidente chinês desnecessário, prefere o dinheiro exterior á riqueza natural nacional. Cavaco demonstrou que como economista não percebeu a economia natural do país. Cavaco não entende os recursos locais e naturais, apenas teses de transacção. Cavaco e o seu modelo economico arruinaram a economia, garanto. Mas foi a economia e a natureza da produção economica nacional e local que arruinaram Cavaco a sua familia e os caninos que lhe obedecem.

Cavaco obedece a teses, não as cria. Daí a sua "brilhante carreira academica". Porque na academia diz-se que só tem uma carreira brilhante os cães obedientes.

Portugal está no fim, diz Barreto, para mim só começou, desde que aprendi a falhar.

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