terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Rendimento Minimo é a principal opressão ás populações

Algumas gentes acham que se emanciparam a receber um tributo mensal e regular por parte do estado.
Mas não se emanciparam.
É apenas mais uma ilusão da atávica tirania do estado.
Lembremo-nos que o rendimento mínimo não compensa as maleitas do mercado, compensa apenas as fraudes do estado, no mercado.

Antes de haver "rendimento minimo" como viviam as pessoas? Viravam-se, criavam talentos, habilidades, competências. Reparem que isso deixou de se criar desde que o estado através de subsídios compete com as populações para se afirmar.

Antes de haver rendimento minimo eu conheci gente que queria ser poeta e escrevia, que queria ser pintor e pintava, que queria ser lavrador e lavrava. Mas desde que o estado lhes paga o laxismo já não querem ser mais nada. Apenas consumidores de um hipermercado cada vez em maior expansão.
Até conheço quem se queira despedir só para receber o rendimento minimo. Quem tenha deixado os amigos só por ser subsidiado.

Os meus pais tinham uma loja, com isso geraram emprego. Um emprego que antes do rendimento minimo era valorizado respeitado e até acalentado, criava-se uma esfera de interacção social. Depois do rendimento minimo, os tais empregados não só lhes cospem na cara como fogem de qualquer interacção social. Não cumprimentam mais quem antes lhes garantiu sobrevivência.

O rendimento minimo é a figura que o estado gerou para destruir as interrelações sociais. E foi criado pelas mais atávicas figuras sociais: José Madureira Pinto e Augusto Santos Silva, sociólogos e ressentidos sociais, que as suas comunidades de origem sempre desprezaram. E por isso desprezam a geração comunitária e populaciona local.

Pessimos sociólogos debatem uma sociedade exclusiva, eu - como sociólogo - debato a sociedade inclusiva, de que o estado quer fazer parte, mas nunca o poderá fazer.

Eu como pintor vendia mais quadros a uma sociedade que pagava menos impostos do que a uma sociedade hiper subsidiada que já tem o que quer, e paga o inferno de impostos para o que não se sabe.

Comprar um quadro ou um frango é uma forma de pagar impostos a uma sociedade, só que de uma maneira visivel. Quando se paga um tributo que se paga ao estado ninguem sabe se vai para a educação para a droga ou trafego de armas.

Eu sou totalmente contra a existência de qualquer estado, quer seja monarquico ou republicano. Não é necessária nenhuma lei supra populacional para regulamentação de uma população viva e bem nascente. Sou contra qualquer noção de país ou de nação - ao contrário de Hitler, Salazar, Franco, Soares ou Mussolini. Sou contra qualquer noção de limite ou fronteira. Governo ou religião. Não sei o que é a filosofia e detesto qualquer noção ideológica.

O estado para solidificar a sua tirania quer acabar com a dinamica economica das populações dando-lhes um "rendimento minimo". Isso cria e criou zombies. Gente que tendo já o que quer não interage mais com outros agentes.
O estado até proibiu fumar - proibindo consumos sociais em locais publicos - coisa que em mais nenhum país da europa é respeitado. Ninguem respeita. Mas os portuguesinhos atávicos que se acham poderosos acataram uma lei que lhes aumenta o ego.
Porquê? Porque os portugueses estão inculcados pelo mito das descobertas por uma falsa gloria do passado que foi uma ruína e que lhes inchou o ego cultural.

O rendimento minimo foi a maior benesse ilusória que algum estado fez pelo seu país. Uma maneira do estado destruir populações e se impor no mercado poplacional.

Tenho amigos empresários que me dizem que empregados seus preferem um rendimento minimo menor do que um salario que os põe a trabalhar. E se despedem por isso. Mais tarde como não conseguem o rendimento minimo voltam a bater á porta, que não mais se abre.
Claro que os processos industriais são criticáveis. Mas o estado não pode resolver a o modo de produção industrial através de uma figura subsidiária e facilitista como é o rendimento minimo.
Até porque a luta dos empresários não é com o estado mas com um mercado cada vez mais obnibulado - precisamente pela intervenção do estado.

O rendimento minimo gerou nos portugueses uma nova classe a dos predadores. Sou contra qualquer fiscalização do "rendimento minimo" mas a favor de uma pedagogia da subsidiarização.
Conheci uma vez uma familia que explorava um bar de uma associação desportiva e que, segundo me diziam os seus clientes, tinha lucros, - em finais dos anos 90 - de 200 contos "ou mais". Como tal actividade não era registada nem era legal o dito casal mais uma filha concorreram a um rendimento minimo que lhes foi atribuído.
Resultado: carros de competição e vistosas roupas, que os mais carenciados nunca vão conseguir porque os mais espertos querem ser predadores daquilo que os menos "habeis" nunca conseguirão adquirir. isso criou e legitimou uma sociedade distinta e distintiva. sociedade predadora é isso.

Tenho um parente que declara o minimo nos seus impostos e nos seus alugueres para que a mulher obtenha os seu rendimento minimo. Resultado: um mercedes e uma casa cheia de ecrãs plasma. Mas nem um livro.

A mim não me incomoda que tenho o suficiente e nunca me passou pela cabeça nem pedir qualquer rendimento minimo ou subsidio do estado. O que me incomoda é que há QUEM REALMENTE PRECISE e não tenha conseguido, como o caso daquela que um dia na televisão, no dia de Natal, disse que "tenho um filho e neste dia de natal só tenho um 1 euro para comemorar este dia".

Sou sociólogo, fiz muita investigação social, no terreno, junto ás populações. E vi muita merda. Demasiada.
Vi há 10 anos em Gondomar gente que defecava na cozinha enquanto vizinhos obstáculos de mercedes os controlavam e os ameaçavam de consumo de droga, detendo-os da sua capacidade de reformular a sua vida. Familias de 14 pessoas que dormiam em cima de mesas de sala de jantar em Guimarães. Vi uma unica assoalhada para uma família de vários padrasto e várias madrastas de 25 pessoas na Pasteleira, Porto. Vi gente que não precisava de nada a requerer mais dinheiro do estado enquanto 70% da população portuguesa só requer alguma atenção comunitária não do estado.
Vi politicos, artistas - Abrunhosas - a exigirem dinheiro do estado para as suas manhas estilisticas enquanto gente carenciava leite pela manhã.
Vi que isto não era um problema de estado. Como o rendimento minimo nos quer fazer crer.
Mas um problema societal e cultural.
Porque o dinheiro do rendimento minimo não resolveu a distinção, fomentou-a.

O estado ao substituir-se ao comunitarismo local está a destituir o poder das populações se criarem e se recriarem de novo.

A maior parte das populações portuguesas, iludidas pelo mercantilismo politico apoiam-se tanto nas expactativas da agenda politica que se esquecem da sua própria agenda.

Madre Teresa de Calcutá e outras agendas espirituais nunca esperaram pelo que os politicos poderiam fazer pelas populações. Na verdade não há nada pelo que esperar dos politicos, muito menos por politicos interesseiros.

O rendimento minimo é apenas uma almofada.
Não é a coisa real.
Tomara que a gente que realmente precisa do rendimento minimo o recebesse. Estou a pensar na D. Abilia que eu conheci na serra do Marão que me dizia que "o Rei já não passa mais por aqui", ela nem sabia - nos anos 90 - que viviamos numa republica nem que se podia "roubar dinheiro ao rei".

Temos em Portugal uma sociedade social generalizada cada vez mais predadora. Uma classe indigente, atávica, mal formada e sem qualquer educação ou possibilidade de tal. Potenciais skinheads. Gente vaidosa, sem razão para isso. Tribalismo cada vez mais agremiado. Gremios, corporações, doentes e doenças, gente ética. Gente abandonada em hospitais.
Em Portugal o piorio parece ser o unico lugar de gestação.
Parece que Portugal funga apenas a gente tribal. E funga. Porque Portugal é uma experiência social do globalismo vaidoso.

Querem ver o que Portugal é sem o "rendimento minimo"?
Deixem de o atribuir e verificarão uma revolução sem precedentes, sem cravos nem espingardas, nem mercado nem medo de viver, nem medo de morrer.

Os portugueses foram aprisionados e cantonados com os subsidios do estado. Com o folclore de uma revolução esotérica e mal acabada.
Porque o estado não é mais necessário e tende a acabar. Só o estado tem medo do que a revolução pode fazer pelos portugueses.
Devolvê-los a si próprios.
No fim de contas só existem seres vivos em Portugal a que se chamam portugueses. E a que o estado não pode mais mimar nem se justificar com os seus legos.

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