segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Elogio do insulto

O insulto não é mais do que a especulação instantânea do ser. Só se insulta quem não se conhece, só se se sente insultado quem pensa que é conhecido.
Ninguem insulta ninguem se esse alguem se reconhecer no insulto.
A politica está cheia de exemplos disso.

A mim ninguem me insulta porque eu não reconheço os rotulos que me querem atribuir, mas parece que na politica e noutras áreas sociais - como no caso Carlos Queirós - o insulto tem foros de transparência como se revelassem verdades escondidas, que os sujeitos tentaram franquear as portas.
O insulto não é verdade. Nem reconhecimento. É especulação.
O pior é que há quem se reconheça no insulto, quando reage ao insulto. É quando torna o insulto verdade.
O insulto é especulação. É maneira de franquear portas ferradas. Que quem não sabe quem é admite ser qualquer coisa mesmo sendo insulto - ver Life of Bryan, dos Monthy Python logo no inicio.
Se todos os arbitos reagissem ao insulto nunca teriam uma familia nem mãe. Teria sido Jesus Cristo o tal que nasceu sem concepção linear. No fundo, o insulto faz de todos os arbitros Jesus Cristo, e não é que assim são, vitimas de tribos, tal como Jesus?
Quem mais foi insultado na história para alem dos arbitos senão Jesus Cristo?
Quem mais prescinde de Jesus Cristo senão uma sociedade que ainda não cresceu?
Quando o futebol crescerá para para não precisar mais de qualquer árbitro?
Insultar alguem não é chamá-lo, é testá-lo.
E testar alguem é desafiar alguem. Para ser seu amigo.

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